quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Arte de fumar


Desconfia dos que não fumam: esses não tem vida interior, não tem sentimentos.
O cigarro é uma maneira disfarçada de suspirar...

Arte de fumar, Mário Quintana

Que os fatos sejam fatos naturalmente


Este corpo de lama que tu vê
É apenas a imagem que sou

Este corpo de lama que tu vê
É apenas a imagem que é tu

Que o sol não segue os pensamentos
Mas a chuva muda os sentimentos

Se o asfalto é meu amigo eu caminho
Como aquele grupo de caranguejos
Ouvindo a música dos trovões

Esta chuva de longe que tu vê
É apenas a imagem que sou
Este sol bem de longe que tu vê
É apenas a imagem que é tu

Fiquei apenas pensando que seu corpo
Parece com as minhas idéias fiquei apenas
Lembrando que há muitas garotas sorrindo
Em ruas distantes
Há muitos meninos
Correndo em mangues distantes

Esta chuva de longe que tu vê
É apenas a imagem que sou
Esse mangue de longe q tu vê
É apenas a imagem que é tu ehhh!!

Se o asfalto é meu amigo eu caminho
Como aquele grupo de caranguejos
Ouvindo a música dos trovões

Deixai que os fatos sejam fatos naturalmente
Sem que sejam forjados para acontecer
Deixai que os olhos vejam os pequenos detalhes lentamente
Deixai que as coisas que lhe circundam
Estejam sempre inertes como móveis
Inofensivos para lhe servir quando for
Preciso e nunca lhe causar danos
Sejam eles morais físicos ou psicológicos



Corpo de lama, música de Chico Science e Nação Zumbi

Colagem



Cerão de um ser (ou não ser) noturno.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

sintonia?


Hold on little girl

show me what he's done to you

Stand up little girl
A broken heart can't be that bad
when it's through, it's through
Fate will twist the both of you
So come on baby come on over
Let me be the one to show you

CHORUS:
I'm the one who wants to be with you
Deep inside I hope you feel it too
Waited on a line of greens and blues
Just to be the next to be with you

Build up your confidence
So you can be on top for once
Wake up who cares about
Little boys that talk too much
I seen it all go down
Your game of love was all rained out
So come on baby, come on over
Let me be the one to hold you

CHORUS

Why be alone when we can be together baby
You can make my life worthwile
and I can make you start to smile
when its though its though
fate will twist the both of you
So come on baby, come on over let me
be the one to show you

Chorus x 3

Just to be the next to be with you

encontros e desencontros









"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"

de Vinícius de Moraes.


Itaipu em 3 tempos






sábado, 26 de dezembro de 2009

...


Yes, I am.

Lembrete para 2010




Imagem: trabalho do artista Antônio Bokel

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Faço desfaço refaço

Conheci o trabalho de Louise Bourgeois em 2005, e pouco depois tive a sorte de poder assistir uma peça sobre ela, no CCBB.

A peça era um monólogo da Denise Stoklos, um monstro tão grande quanto Louise, que me fez assistir a peça inteira com os olhos cheios d' água e vidrada na força que as mãos de alguém pode ter.
Tive a sensação de que me viu com os olhos mareados, pois eu estava bem na direção dela, e , pra mim, ela me olhava.
Ela subia e descia uma escada que era um dos poucos objetos de cena, e isso me deixava muito tensa. Parecia que a qualquer momento ela cairia.
Pois a peça acabou, e eu que já tinha ido maravilhada em saber mais sobre Louise, me encantei também com Denise.
Planejei ir de novo assistir a peça que ainda ficaria alguns dias em cartaz, e no meio tempo assistir videos sobre ela, e ler mais. Só que Denise caiu da escada, em cena, e quebrou os dois braços. Puta merda! Paranóias à parte... Será que foi de tanto que pensei nisso durante o espetáculo?!
Bem, o fato é que a temporada foi cancelada, e eu não pude ver a peça de novo...
Denise fez o espetáculo até o fim, com os braços quebrados, com certeza impressionando até mesmo Louise, que não fica nada atrás no quesito guerreira de seu ofício.


Achei uma matéria que não me deixa mentir... nem achar que foi tudo surto meu... rs




"A complexidade da vida e da obra da escultora motivou Denise a criar uma peça teatral. Em suas esculturas e instalações a busca é de transmissão de seus conflitos internos. Ela defende sua arte como método terapêutico de exorcismo de seus demônios. Sexualidade, identidade, uma infância de conflitos com a figura do pai, misturada às suas angústias e curiosidades, tudo que são as chamadas “inspirações” da artista, de 94 anos.


Louise Bourgeois: Faço, Desfaço, Refaço estreou no Brasil em 2005, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Na 19ª apresentação, no dia 17 de fevereiro, Denise sofreu um acidente em cena, teve fraturas nos braços e lesões nos ligamentos e tendões. A temporada foi suspensa. “O público é soberano: está sempre em primeiro lugar. Como fiz um movimento errado, um erro de atriz, quis ir até o fim. Inclui a queda na coreografia do espetáculo naquele momento e fomos até o final”, conta. ( Denise)


Em cena, Denise tem como proposta o teatro essencial, feito apenas com a matéria viva do ator: corpo, voz, inteligência e intuição. Para ela, as produções com grandes inserções de recursos cenográficos e tecnológicos tendem a deixar em segundo plano o trabalho de pesquisa do humano. “O teatro é a maneira mais profunda de comunicação na arte, porque é de gente viva com gente viva. Uma pessoa no palco envelhece ao mesmo tempo em que a sentada na platéia. É como uma relação amorosa, como um ato sexual, onde duas pessoas estão em interação”, diz. Hoje sua interpretação é uma evolução do trabalho que fazia como mímica, soma movimento, dança e mímica com o teatro que privilegia texto e voz.

Sobre Louise Bourgeois

Ela não separa arte da vida: “Eu sou aquilo que faço”. Considerada uma das mais importantes artistas plásticas do mundo, cria obras de forte conteúdo psicológico que tratam de temas universais, como a vulnerabilidade humana. "Trabalho com o presente. Emoções eternas, universais e sempre presentes. Especialmente as emoções de violência, de ciúme e de medo", diz. Louise Bourgeois começou a produzir instalações de grande porte, nos anos 80. É conhecida no Brasil por obras como Spider, uma aranha de três metros de altura, exposta na 23.ª Bienal de São Paulo de 1996, quando a artista esteve no Brasil.

Nascida em Paris em 1911, mudou para os EUA, em 1938, recém-casada com o historiador da arte Robert Goldwater. Ligada ao expressionismo abstrato, ela manteve forte contato com Marcel Duchamp, Joan Miró e Le Corbusier. Pintou temas figurativos durante os anos 40, voltando-se para a escultura em madeira em 1949. Nas décadas de 60 e 70, sua arte revela homens assim como Picasso revela mulheres. Atualmente, mora em Nova York."


domingo, 20 de dezembro de 2009

Anagramas



Algumas coisas realmente só fazem sentido depois de algum tempo. E vêm como um estalo óbvio bem diante dos olhos.
O que parecia não ter sentido ou motivo, é bem mais sábio ou complexo do que o ego permite ser. Proteção?

Quando um pensamento toma conta, dá voltas e voltas, se mistura, se embola, parece não fazer sentido.
Os anagramas foram assim. Aparentemente sem sentido algum, falam exatamente desta falta de sentido que o pensar cria.
Um pensamento norteia suas próprias ramificações, cada parte do seu todo, e as várias combinações que pensar nele trazem. Quanto mais se pensa menos faz sentido, mais se quer resolver, e mais se embola. Vai ficando tudo assim, confuso, e ao mesmo tempo muito, muito claro... depois que passa.
Caetano tem razão:

"Tempo tempo tempo tempo

és um senhor tão bonito..."!

O pensamento do louco faz sentido somente a ele mesmo.


"Anagrama (do grego ana = "voltar" ou "repetir" +graphein = "escrever") é uma espécie de jogo de palavras, resultando do rearranjo das letras de uma palavra ou frase para produzir outras palavras, utilizando todas as letras originais exatamente uma vez."

Neste trabalho os anagramas foram feitos a partir da frase inicial "There's no place like home", respeitando mais a sonoridade que a grafia das palavras, mais os sentimentos que o sentido.
Devaneios de uma mente em ideia fixa...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Eu, tu, ele (2).




"Quanto a ti, já reparaste como o mundo parece feito de pontas e arestas? Já chamei tua atenção para a escassez de contornos mansos nas coisas? Tudo é duro e fere. Observo, observas como ele se move sem choques por entre os gumes. Te parece dócil, assim sinuoso, evitando toques que possam machucá-lo? Pois a mim parece falso, conheço bem suas tramas e sei de todas as vezes que concedeu para que o de fora não o ferisse. Olha, ouve e repara: essas sinuosidades são de cobra, não de ave."

Trecho de Eu, tu ele, do livro Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu.
Imagem, Desenho de Louise Bourgeois

domingo, 13 de dezembro de 2009

bem no meio do pescoço



Tem um grito preso aqui, no meio do pescoço... Saudade de um monte de coisas, de gente, de épocas, de momentos, que agora se resumem a registro em fotografias não reveladas.
O passo seguinte: tê-las em mãos para torná-las mais presentes, mais reais. Menos lembranças, e mais vida.
Saudade da faculdade, saudade das oficinas, das risadas, dos trabalhos, dos projetos, da correria, de amigos que não vejo mais. Hoje re-busco essas memórias e sentimentos, pra que possam de novo fazer parte de mim, como um dia fizeram.
É como se por algum tempo eu não tivesse sido ou sendo fiel (aos meus sonhos) .
Sinto falta de sonhar, a realidade as vezes é muito chata.




Como diz o samba ...
"Saudade amor, que saudade!
Que me vira pelo avesso
E revira meu avesso
Puseram a faca em meu peito
Mas quem disse que eu te esqueço?
Mas quem disse que eu mereço? "

Sobre arte e educação

" Se eu tivesse que viver minha vida outra vez, estabeleceria a regra de ler um pouco de poesia e escutar um pouco de música pelo menos uma vez por semana, pois talvez as partes do meu cérebro, agora atrofiadas, ter-se-iam conservado ativas graças ao uso. A perda pelo gosto pela arte é a perda de uma felicidade e possivelmente pode ser prejudicial ao intelecto, e, ainda mais provavelmente, ao caráter moral pelo enfraquecimento da parte emocional da natureza." ... Charles Darwin


"... trabalhamos em educação visando desenvolver na criança todas as suas potencialidades, na busca de sua unidade de ser individual, singular, para torná-la muito mais apta à vida coletiva, e capaz de enfrentar o perigo de ser devorada por uma sociedade em seu processo de massificação e condicionamento, em oposição à força de seu espírito criador e construtivo. ..."
Augusto Rodrigues, artista plástico e arte-educador


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

What's your sweet dream?




Sweet dreams are made of these
Who am I to disagree?
I Traveled the world and the seven seas
Everybody's looking for something

Some of them want to use you
Some of the them wanna get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Where the heck are they Jorge Ben?!?!?!

Eles são discretos

E silenciosos

Moram bem longe dos homens
Escolhem com carinho
A hora e o tempo
Do seu precioso trabalho...

São pacientes, assíduos
E perseverantes
Executam
Segundo as regras herméticas
Desde a trituração, a fixação
A destilação e a coagulação...

Trazem consigo, cadinhos
Vasos de vidro
Potes de louça
Todos bem e iluminados
Evitam qualquer relação
Com pessoas
De temperamento sórdido
De temperamento sórdido
De temperamento sórdido
De temperamento sórdido...

Êh! Êh! Êh! Êh!
Êh! Êh! Êh! Êh!...

Os Alquimistas
Estão chegando
Estão chegando
Os Alquimistas...



Estava ouvindo esta música hoje de manhã, quando meu silêncio foi interrompido. Seria alguma espécie de sinal?!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Entropia



Desorganizando pra me organizar

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

the frown on my face went away


"I'd rather feel silly, excited or glad,
Than cranky or grumpy, discouraged or sad.
But moods are just something that happen each day."...

domingo, 29 de novembro de 2009



"... metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é o silêncio."

nanquim e lápis de cor



Para Colombina e Juca

As flores mais lindas de novembro



Ah se a alma das pessoas e coisas pudesse também ser fotografadas...

não seriam meras fotografias...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

20 de novembro de 2009

Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua

Era uma noite sem lua e eu tava sozinho
Fazendo do meu caminhar o meu próprio caminho
Sentindo o aroma das rosas e a dor dos espinhos

De repente apesar do escuro eu pude saber
Que havia alguém me espreitando sem que nem porque
Era hora de luta e de morte, é matar ou morrer

A navalha passou me cortando era quase um carinho
Meu sangue misturou-se ao pó e as pedras do caminho
Era hora de pedir o axé do meu orixá
E partir para o jogo da morte é perder ou ganhar

Dei o bote certeiro da cobra alguém me guiou
Meia lua bem dada é a morte
E a luta acabou

Eu segui pela noite sem lua
Histórias na algibeira
Não é fácil acabar com a sorte de um bom capoeira

Se você não acredita me espere num outro caminho
E prepara bem sua navalha
Eu não ando sozinho

Musica de capoeira, Mestre Toni Vargas






sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O quanto é possivel a arte sensibilizar?

Matança

Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda
De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar

Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar

Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde da sombra, o ar
Que se respira e a clorofila
Das matas virgens destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar é

Caviúna, cerejeira, baraúna
Imbuia, pau-d'arco, solva
Juazeiro e jatobá
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
Louro, ipê, paracaúba
Peroba, massaranduba
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
Pau-fero, anjico amargoso, gameleira
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá

Música de Jatobá

domingo, 15 de novembro de 2009

...

way too bored


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Como não fui eu que fiz?

Certas Canções


Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece
Como não fui eu que fiz?

Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor

Contos da água e do fogo
Cacos de vidas no chão
Cartas do sonho do povo
E o coração pro cantor
Vida e mais vida ou ferida
Chuva, outono, ou mar
Carvão e giz, abrigo
Gesto molhado no olhar

Calor que invade, arde, queima, encoraja
Amor que invade, arde, carece de cantar

Composição: Tunai/ Milton Nascimento

domingo, 8 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Contos de fadas

Conto de fadas para mulheres do século XX


Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu: NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)

Conto de fadas para mulheres do século XXI

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo...den...do!

FIM!!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lua lua lua lua



Já viu a lua hoje?!

Tá cheia, cheiassa!
Em dias assim tenho dificuldade de dormir, a energia contamina, fica tudo explodindo!
Isso pra mim é tão certo quanto 2 e 2 são 4, mas hoje de manhã comentei esse efeito da lua sobre mim, e me chamaram de lobisomem, rs.

Você já parou pra perceber como as fases da lua interferem no seu estado de humor? Na sua disposição, no jeito que as coisas acontecem? Hum... eu poderia dizer o que causa em mim, mas, prefiro deixar só meia neurose, rs





Lua, lua, lua, lua
Por um momento meu canto contigo compactuar
E mesmo o vento canta-se
Compacto no tempo
Estanca
Branca, branca, branca, branca
A minha, nossa voz atua sendo silêncio
Meu canto não tem nada a ver com a lua

Lua, lua, lua, lua, musica de Caetano Veloso