domingo, 29 de novembro de 2009



"... metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é o silêncio."

nanquim e lápis de cor



Para Colombina e Juca

As flores mais lindas de novembro



Ah se a alma das pessoas e coisas pudesse também ser fotografadas...

não seriam meras fotografias...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

20 de novembro de 2009

Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua

Era uma noite sem lua e eu tava sozinho
Fazendo do meu caminhar o meu próprio caminho
Sentindo o aroma das rosas e a dor dos espinhos

De repente apesar do escuro eu pude saber
Que havia alguém me espreitando sem que nem porque
Era hora de luta e de morte, é matar ou morrer

A navalha passou me cortando era quase um carinho
Meu sangue misturou-se ao pó e as pedras do caminho
Era hora de pedir o axé do meu orixá
E partir para o jogo da morte é perder ou ganhar

Dei o bote certeiro da cobra alguém me guiou
Meia lua bem dada é a morte
E a luta acabou

Eu segui pela noite sem lua
Histórias na algibeira
Não é fácil acabar com a sorte de um bom capoeira

Se você não acredita me espere num outro caminho
E prepara bem sua navalha
Eu não ando sozinho

Musica de capoeira, Mestre Toni Vargas






sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O quanto é possivel a arte sensibilizar?

Matança

Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda
De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar

Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar

Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde da sombra, o ar
Que se respira e a clorofila
Das matas virgens destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar é

Caviúna, cerejeira, baraúna
Imbuia, pau-d'arco, solva
Juazeiro e jatobá
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
Louro, ipê, paracaúba
Peroba, massaranduba
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
Pau-fero, anjico amargoso, gameleira
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá

Música de Jatobá

domingo, 15 de novembro de 2009

...

way too bored


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Como não fui eu que fiz?

Certas Canções


Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece
Como não fui eu que fiz?

Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor

Contos da água e do fogo
Cacos de vidas no chão
Cartas do sonho do povo
E o coração pro cantor
Vida e mais vida ou ferida
Chuva, outono, ou mar
Carvão e giz, abrigo
Gesto molhado no olhar

Calor que invade, arde, queima, encoraja
Amor que invade, arde, carece de cantar

Composição: Tunai/ Milton Nascimento

domingo, 8 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Contos de fadas

Conto de fadas para mulheres do século XX


Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu: NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)

Conto de fadas para mulheres do século XXI

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo...den...do!

FIM!!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lua lua lua lua



Já viu a lua hoje?!

Tá cheia, cheiassa!
Em dias assim tenho dificuldade de dormir, a energia contamina, fica tudo explodindo!
Isso pra mim é tão certo quanto 2 e 2 são 4, mas hoje de manhã comentei esse efeito da lua sobre mim, e me chamaram de lobisomem, rs.

Você já parou pra perceber como as fases da lua interferem no seu estado de humor? Na sua disposição, no jeito que as coisas acontecem? Hum... eu poderia dizer o que causa em mim, mas, prefiro deixar só meia neurose, rs





Lua, lua, lua, lua
Por um momento meu canto contigo compactuar
E mesmo o vento canta-se
Compacto no tempo
Estanca
Branca, branca, branca, branca
A minha, nossa voz atua sendo silêncio
Meu canto não tem nada a ver com a lua

Lua, lua, lua, lua, musica de Caetano Veloso

domingo, 1 de novembro de 2009

Assim se foi outubro

Silêncio, estudo, troca tudo de lugar, mexe aqui e ali, acho coisas, algumas procuro, outras escondo, e outras ainda me encontram num acaso curioso. Do meu lado meus companheirinhos peludos, cada um com seu barulho. Uma barata que me faz correr, e também à Colombina, só que atrás dela. Nos divertimos as duas, não as três. A pobre da nojenta cascuda deve ter passado maus momentos.
Novo dia, novo mês, mesmo ano. Falta pouco, logo acaba. Inicio o dia e o mês ainda mudando as coisas. Organizo, troco de lugar, invento, reutilizo. Minhas mãos acalmam meu corpo quando o coração aperta. A cabeça não pára, mas ainda assim me calo. Penso em músicas, filmes, livros. Capítulos passados, e futuros. Eles me distraem das minhas obrigações e tenho que brigar com eles, compreensivamente. Digo que logo os darei atenção de novo, como uma mãe que não pode brincar com o filho. Esses por enquanto são os meus.

2+1=3